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Sem o Mais Médicos, cerca de 1,6 milhão de pernambucanos podem ser afetados

Mais médicosPor conta do fim da participação dos médicos cubanos no programa Mais Médicos, cerca de 1,6 milhão de pernambucanos podem ser afetados. A informação foi dada pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe). No país, dos 5570 municípios, 3228, o que representa quase 80% do total, só têm assistência pelo programa e 90% dos atendimentos da população indígena são feitos apenas por profissionais de Cuba. A nível nacional, mais de 29 milhões de brasileiros poderão ficar desassistidos.

Segundo o presidente da Amupe, José Patriota, a decisão pode gerar ainda mais superlotação nos hospitais. De acordo com ele, o cálculo de pessoas afetadas pela saída dos médicos é feito a partir da quantidade de pacientes atendidos por cada Unidade de Saúde da Família (USF), multiplicada pelo número de médicos. Em média, segundo Patriota, as equipes, que têm um médico cada, atendem até 4 mil pessoas.

O governo cubano decidiu interromper a parceria com o Brasil, através do Mais Médicos, na última quarta-feira (14), após Jair Bolsonaro (PSL) afirmar que mudaria os termos do acordo de colaboração.  O programa funciona desde 2013 levando médicos para regiões onde há escassez ou ausência desses profissionais.  Nos últimos cinco anos, cerca de 20 mil profissionais cubanos atenderam a mais de 100 milhões de pacientes brasileiros, com aprovação de cerca de 95% da população. Inclusive, mais de 700 municípios brasileiros tiveram nos cubanos o atendimento médico pela primeira vez. 

Bolsonaro já havia criticado o programa em outras ocasiões, em agosto, durante um comício da campanha eleitoral em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, ele afirmou que iria usar o Revalida (exame de validação de diplomas) para "expulsar" médicos cubanos do Brasil.

"Vamos botar um ponto final do Foro de São Paulo. Vamos expulsar com o Revalida os cubanos do Brasil", disse o então candidato. "Nós não podemos botar gente de Cuba aqui sem o mínimo de comprovação de que eles realmente saibam o exercício da profissão. Você não pode, só porque o pobre que é atendido por eles, botar pessoas que talvez não tenham qualificação para tal."

Para José Patriota, a decisão do governo cubano teve influências ideológicas.