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Fumaça de incêndios florestais da Austrália chega ao Brasil

fumaçaA fumaça dos incêndios florestais na Austrália chegou na tarde desta terça-feira (7) ao Brasil. A Divisão de Sensoriamento Remoto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) publicou, no Twitter, imagens de satélites que indicam o avanço da nuvem sobre o estado do Rio Grande do Sul.

A MetSul Meteorologia, uma empresa privada especializada em meteorologia, também identificou o fenômeno, mas pontuou que, em Porto Alegre, a fumaça é "imperceptível".

Ontem, o material chegou aos céus da Argentina e do Chile através de uma nuvem de 6 mil metros de altura que percorreu mais de 12 mil quilômetros desde a Oceania. A Metsul já havia previsto a chegada da fumaça ao Brasil.

Desde setembro, a Austrália vive uma crise de incêndios espalhados principalmente nos estados de Nova Gales do Sul e Vitória, no Sudeste do país.  Nesta terça, bombeiros aproveitaram uma trégua nos termômetros para fortalecer linhas de contenção do fogo em diferentes regiões atingidas pelo fogo. As áreas atingidas já ultrapassam a marca de 10,3 milhões de hectares — o equivalente à área da Coreia do Sul — desde setembro.

Na Nova Zelândia, país da Oceania a cerca de 2 mil quilômetros da costa do Sudeste da Austrália, a fumaça deixou geleiras em tom caramelo e diversas cidades ficaram com o céu em tom sépia em plena luz do dia. Houve, ainda, reflexos na saúde: muitos neozelandeses relataram problemas respiratórios na última semana.Na Austrália, os incêndios seguem produzindo estragos de proporções catastróficas.

O prejuízo financeiro já chegou a US$ 485 milhões, e duas mil casas foram destruídas. Vinte e quatro pessoas foram mortas. Uma nova estimativa da Universidade de Sydney aponta que 1 bilhão de animais morreram direta ou indiretamente por causa do fogo. A previsão inicial de 480 milhões de mortes — como coalas e cangurus — incluía mamíferos, pássaros e répteis, mas não contabilizava insetos, morcegos ou sapos.

O novo cálculo considerou essas espécies, e também o estado de Victoria — até agora, o levantamento restringia-se a Nova Gales do Sul. Animais grandes, como cangurus ou emas, além dos pássaros, podem se afastar do fogo à medida que ele se aproxima — explicou o autor do estudo, Chris Dickman, especialista em biodiversidade da Universidade de Sydney, à BBC. Outras espécies, no entanto, são menores, menos móveis e altamente dependentes da floresta.

É o caso dos coalas, que tiveram metade da população exterminada pelo fogo.Diretor de restauração da WWF-Austrália, Stuart Blanch acrescentou, em entrevista à ABC News, que os incêndios foram devastadores à vida selvagem do país porque “áreas vitais de matas, florestas e parques foram queimadas”. Para Blanch, até que os incêndios desapareçam, a extensão total dos danos permanecerá desconhecida.

(via O Globo)