Um Armazém abastecido de amor
Por Neli Zaidan
Caruaru conta desde dezembro de 2019 com o Armazém do Campo, idealizado e inaugurado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que implantou uma unidade na Capital do Agreste. Além de comercializar produtos originários da agricultura familiar (o que por si só já é bem válido) e contar com um espaço para café, bar e restaurante, o local também oferece o ambiente para realização de ações e eventos culturais.
Devido à pandemia que assola o planeta, assim como muitas pessoas, grupos e movimentos – como temos mostrado por aqui, o Armazém também não ficou de fora na luta em prol dos mais vulneráveis e na demonstração de empatia e solidariedade. Junto com participantes e voluntários, o Armazém passou a entregar marmitas solidárias, além de cestas básicas e confecção de máscaras, através do projeto Mãos Solidárias, que surgiu em Recife e também chegou a Caruaru.
Diversos movimentos estão envolvidos na iniciativa, tais como o Movimento dos Trabalhadores Rurais (MST), Consulta Popular, Marcha Mundial das Mulheres, União Brasileira de Mulheres (UBM), União da Juventude Socialista (UJS), entre outros. O projeto conta com o apoio de voluntários na preparação e distribuição de alimentos, montagem de cestas básicas, fabricação de máscaras e produção de conteúdo para mídias sociais, além de doações em dinheiro, alimentos, água e produtos de higiene.
A última ação de entrega das marmitas aconteceu no sábado (6), e contabilizou a marca de 10.850 unidades em dois meses de ações.
Agora, os voluntários se preparam para iniciar a próxima etapa do projeto: distribuição de cestas básicas em bairros mais carentes da cidade, com o apoio da associação de moradores e de seus voluntários. Pra quem quiser fazer doações ou ser voluntário é só acessar o perfil do Instagram do Armazém (@armazemdocampocaruaru) que se encontram todas as informações, contatos e como proceder.
Nossa torcida é para que tudo passe o quanto antes, mas enquanto não passar que a gente se alimente a cada dia de amor, empatia e solidariedade e que única proliferação seja a da esperança! Que cada vez mais as pessoas experimentem e entendam o verdadeiro sentido de viver em sociedade e que isso continue com ou sem pandemia, porque afinal, o melhor lugar para se viver é aonde todo mundo viva bem, sem indiferenças, sem desigualdades e em paz com o mundo e consigo.