12 cardeais despontam como possíveis sucessores do Papa Francisco
22/04/2025
Com a morte do Papa Francisco, a Igreja Católica inicia um novo capítulo em sua história. O Colégio Cardinalício formado por cardeais de diversas partes do mundo será responsável por eleger o novo Sumo Pontífice durante o conclave, cerimônia tradicional que se realiza a portas fechadas no Vaticano.
Para ajudar a compreender os bastidores dessa escolha, o site especializado College of Cardinals Report, composto por jornalistas e estudiosos católicos, mantém uma lista atualizada com os cardeais mais cotados para assumir o comando da Igreja. A seleção considera perfis com direito a voto, levando em conta influência teológica, representatividade regional e alinhamento doutrinário.
Entre os 12 nomes mais mencionados, há representantes da Europa, Ásia, África e América, evidenciando o caráter global da Igreja. Nenhum brasileiro figura entre os favoritos.
Confira os cardeais apontados como papáveis:
Péter Erdő (Hungria) – Arcebispo de Esztergom-Budapeste, com forte influência na Igreja e perfil conservador. Já se manifestou contra a bênção a casais do mesmo sexo.
Matteo Maria Zuppi (Itália) – Arcebispo de Bolonha e expoente da ala progressista. Conhecido por priorizar marginalizados, como migrantes e pessoas LGBTQIAPN+. É considerado um possível continuador do legado de Francisco.
Robert Sarah (Guiné) – Ícone do catolicismo tradicional, defensor da liturgia clássica e da doutrina moral. Foi o mais jovem arcebispo do mundo, aos 34 anos.
Luis Antonio Gokim Tagle (Filipinas) – Chanceler da Pontifícia Academia das Ciências. Apelidado de “Francisco asiático”, combina carisma pastoral com posicionamentos progressistas em temas sociais.
Albert Malcolm Ranjith (Sri Lanka) – Ex-núncio e arcebispo de Colombo, é conhecido pelo conservadorismo firme e forte atuação pastoral.
Pietro Parolin (Itália) – Secretário de Estado do Vaticano e diplomata experiente. Embora com pouca experiência pastoral, é reconhecido por sua habilidade de mediação.
Pierbattista Pizzaballa (Itália) – Patriarca Latino de Jerusalém, referência no diálogo inter-religioso. Ganhou destaque ao declarar que se ofereceria como refém no conflito entre Israel e Hamas.
Fridolin Ambongo Besungu (República Democrática do Congo) – Voz ativa por justiça social, com postura conservadora em questões morais e mais aberta na evangelização.
Willem Jacobus Eijk (Holanda) – Arcebispo de Utrecht e médico, defendeu a vacinação como dever moral. É alinhado à ortodoxia doutrinária da Igreja.
Anders Arborelius (Suécia) – Primeiro cardeal sueco da história. Conservador em temas teológicos, é também defensor de pautas ambientais e humanitárias.
Charles Maung Bo (Mianmar) – Comprometido com a paz e os direitos humanos. Embora ortodoxo em fé, é sensível a temas como proteção ambiental e justiça social.
Jean-Marc Aveline (França) – Arcebispo de Marselha, nasceu na Argélia. Com postura moderada e carismática, era um dos favoritos pessoais de Francisco para a sucessão.
Foto: Cláudio Peri