Cuscuz é declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade
Os conhecimentos, as práticas e as tradições relacionadas ao preparo e ao consumo do cuscuz foram declarados Patrimônio Imaterial da Humanidade nesta quarta-feira (16). Reunido por videoconferência, o Comitê de Patrimônio da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), sob a Presidência da Jamaica, aprovou este caso apresentado em conjunto pela Argélia, Mauritânia, Marrocos e Tunísia.
Esses países haviam argumentado que tais saberes e práticas, parte integrante de seu patrimônio cultural, eram praticados por todas as populações de Argélia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia, de todos os gêneros, de todas as idades, sedentários ou nômades, rurais ou urbano, incluindo os imigrantes, e em todas as circunstâncias: dos pratos do dia a dia às refeições festivas.
Mas o cuscuz não faz parte apenas da alimentação das sociedades das costas atlântica e mediterrânea da África. O prato foi introduzido no cardápio brasileiro pelos colonizadores portugueses e, hoje, é parte importante, sobretudo da cozinha nordestina.
No Brasil, o cuscuz pode ser encontrado em pelo menos três modalidades: o “marroquino”, feito com sêmola de trigo e normalmente servido com ensopados ou salada fria de legumes; o “branco”, doce e de tapioca, coberto com raspas de coco e, para quem gosta, com leite condensado por cima; e o “paulista”, com grandes pedaços de ovos, tomates e sardinha.
Mas, a refeição faz parte da dieta de várias famílias simplesmente servido em grandes flocos de milho e arroz. E, desde então, no Norte e Nordeste é parte integrante do café da manhã e do lanche da tarde em todos os estratos sociais.
(via Correio Braziliense)