Quando o menos realmente é mais: troque quatro por duas (rodas)
Por Neli Zaidan.
A procura por meios de transporte mais eficientes e sustentáveis, nos grandes centros urbanos, vem ganhando cada vez mais espaço em todo mundo. Os benefícios e vantagens de veículos como a bicicleta, por exemplo, se comprovaram, principalmente, depois do surgimento da Pandemia. Com o uso mais acentuado, muitas cidades tem investido em ciclovias e incentivando as pessoas a continuarem pedalando, mesmo com a diminuição das restrições impostas pela COVID-19. A bike, passou não a só ser um meio de esporte ou lazer, mas também uma excelente alternativa para tempos mais complexos e atípicos em que vivemos, além de econômica, prática e promover uma melhor saúde e qualidade de vida.
A medida em que vai se tornando mais seguro e que a vacinação avança cada vez mais, o uso do transporte público também volta a ser uma alternativa bem sustentável se comparado aos veículos individuais. Para estimular cada vez mais as pessoas a abandonarem seus carros, um exemplo que vem ganhando notoriedade é em Barcelona, onde a prefeitura passou a oferecer um passe de transporte gratuito, válido por três anos, para quem vender seu veículo antigo, que não contém certificado ambiental.
Quem aceita a tentadora proposta, recebe um cartão, que é pessoal e intransferível e que contém o nome e número de documento do usuário, sendo validado a cada viagem. Ele é automaticamente renovado anualmente sem custo adicional e é enviado para o endereço residencial.
É uma opção totalmente válida. Os gastos com a iniciativa não são tão significativos, já que a estrutura para o transporte público já está funcionando, com ônibus e trens circulando independentes da quantidade de passageiros. E os benefícios com a diminuição do número de veículos nas ruas são muito significantes. As consequências são: menos poluição, menos congestionamento e menos problemas de saúde para a população - com a diminuição da poluição, de emissões e reforço para mudanças climáticas, além de menos desgaste e manutenção para as vias públicas. Sem falar na economia para o usuário, como gastos com combustível, estacionamento, manutenção de veículo e a perda de tempo que geralmente se gasta no trânsito.
Já pensou se iniciativas como essas continuam se espalhando por todo canto? Já pensou se deixa de ser alternativa ou tendência e passa a ser realmente um estilo de vida? Claro que funcionaria em lugares onde os meios de transporte público são eficazes, de fato, e que existe infraestrutura para pedal seguro, mas que é uma excelente ideia é, não é não? Bom para a cidade, bom para quem adota a iniciativa e bom para o planeta.
