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Segundo turno, eleições e democracia

ELeicao2018 Eleitora Votacao 2Por prof. José Urbano

Estamos há duas semanas para o segundo turno das eleições 2018. Será a definição do processo eleitoral que decidirá os próximos quatro anos de gestão no mais alto cargo do poder Executivo. 

Observando os dados que nos trouxeram até aqui, reafirmo a minha opinião da necessidade de que o Brasil faça uma nova legislação eleitoral, não um remendo mal alinhavado que o atual governo insiste denominar “reforma eleitoral”.

Envolvendo 35 partidos e 28 mil candidatos no primeiro turno, os custos até agora declarados são da ordem de 2 bilhões e 800 milhões de reais, uma cifra astronômica para um país em crise econômica, política, moral e de líderes. O Fundo Partidário, leia-se dinheiro público repassado aos partidos, somam 888 milhões de reais e mostra tendência de crescimento para os próximos anos.

Definidos os membros do Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados 274 parlamentares estarão pela primeira vez com mandato federal, enquanto 239 foram reeleitos. O próximo Presidente governará com 30 partidos que estarão com representantes na casa legislativa. Será um desafio muito maior que os momentos anteriores da política nacional, executada na base do governo de coalizão, ou o infame “toma lá, dá cá”, que tanto mal faz à democracia.

A eleição de 2018 renova dois terços do Senado (54 vagas) distribuídos em 20 partidos, com os personagens eleitos para um mandato de 8 anos, outro equívoco no modelo político-partidário brasileiro. Oito anos são dois mandatos em um só.

No plano estadual, 14 unidades da Federação levaram a decisão para o segundo turno, na definição dos seus governadores e respectivos vices. Novos momentos, para novos debates e esclarecimentos.
Aqui em Caruaru, dois eleitos iniciarão pela primeira vez uma trajetória na Assembleia e no Congresso, respectivamente os deputados Erik Lessa e Fernando Rodolfo.

Candidatos de um eleitorado jovem, assumem a responsabilidade de cumprir os mandatos comprometidos com novas ideias, para novas práticas e novos avanços, já que construíram as candidaturas pela ideologia das mudanças que seus eleitores os credibilizaram.

As redes sociais, seja pelo menor custo operacional ou ainda pelo alcance instantâneo, é um território que continua a ser muito utilizado por partidos, candidaturas e pessoas que fazem campanhas gratuitas para seus candidatos, e como um território aparentemente sem lei, na base de fake news e no incômodo de querer convencer amigos e conhecidos, entopem WhatsApp e Facebook com todo tipo de propaganda, uma enxurrada de besteirol sem pé nem cabeça, torrando a paciência das pessoas, nessa prática nefasta de querer doutrinar o outro, sem perguntar se existe espaço para isso.

Como eleitor, contribuo com o meu voto, respeito todas as alternativas, e não quero doutrinar absolutamente ninguém, é a forma que tenho de respeitar a capacidade do outro de escolher livremente. Isso é Democracia.

No próximo dia 28, o Brasil remonta a sua cara estrutura eleitoral, convoca 147 milhões de eleitores e deverá terminar aquele domingo com a decisão soberana pelo voto livre, igualitário e equalizador social, nesse vestibular da democracia. O voto consciente fará toda a diferença, que não seja mais uma eleição com um dia para decidir e quatro anos para se queixar.

foto: Sergio Lima/Poder360