Caruaru: A vida e seus autores
A cidade de Caruaru sempre foi vitrine no cenário cultural do Brasil. Seus mestres são seus verdadeiros tesouros. Gente simples, mas com uma capacidade enorme de criar e mostrar para o mundo o dom da arte de representar.
No campo do verdadeiro forró pé-de-serra, muitos são os nossos mestres. Nomes como Erisson Porto, Humberto Bonny, Azulão, Azulinho, Derson Luiz, Zúi, Renilda Cardoso, Petrúcio Amorim, Léo Domingos, Valmir Silva, Caçote do Rojão, Domingos Acyole, Marlene do Forró, Jucélio Vilella, Tiago Duarte, Colibri, Lula Viegas, Iran Palmeira, J. Lima, Elifas Junior, Valdir Santos, Heleno dos Oito Baixos, Riá Oliveira, Sebastião Silva, André Julião, Sóstenes Rodrigues, Onildo Almeida, Rildo Hora, Luiz Vieira, Genésio Guedes, bem como as nossas bandas de pífanos, os trios pé-de-serra, as bandas de forró da cidade, entre tantos outros artistas e seus movimentos de vanguarda, que dão vida a essa cidade tão cheia de encantos.
Existem ainda os que já se foram desse mundo, mas deixaram vivas suas histórias e seu amor por essa terra e sua cultura. Nomes como: Mestre Tavares da Gaita, Lídio Cavalcanti, Juarez Santiago, Jacinto Silva, Toinho das Alagoas, Sebastião do Rojão, Bode Preto, Mestre Camarão, Reginaldo Prieto, Lula do Rojão, Rafael Barros, Bau dos Oito Baixos, Ezequias Rodrigues, Carlos Fernando, entre tantos outros.
Porém, sem dúvidas, ainda permanece com muita autenticidade nos microfones das rádios da cidade Agenor Farias (Radio Cultura AM), com sua Tarde Sertaneja, de segunda a sexta-feira; A Feira de Caruaru, aos sábados pela manhã, e o Rei do Forró, Ivan Bulhões (Rádio Liberdade AM e FM), com sua buzininha, seus beijinhos nas crianças, seu quaraquacá, nas madrugadas de segunda a sexta.
Há nove anos, contribuo de alguma forma, ao lado do professor José Urbano, na Rádio Cultura AM 1130, com o Programa Sábado Cultural, que vai ao ar das 15h às 18h, um show de cultura popular, sempre valorizando o que é nosso. Lídio Cavalcanti é a nossa referência nesse conjunto de bons radialistas e comunicadores do Brasil.
A nossa raíz se mantém firme, resistindo a essa cultura de massa, que massacra com seus baixos conteúdos através de suas composições.