Uso constante do WhatsApp pode oferecer riscos à saúde
Camila Tuchlinski
Até fevereiro deste ano, foram registrados 235,7 milhões de aparelhos existentes no Brasil. De acordo com dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o país encerrou março com quase 30 milhões de acessos ao serviço de banda larga. Isso tem um impacto direto nos consultórios médicos.
As principais reclamações registradas aos ortopedistas são dores nos pulsos e no dedão, e existe uma definição para esse tipo de patologia originária do uso de aplicativos de mensagens em excesso: a Whatsappinite.
O termo WhatsAppite surgiu em 2014 em uma publicação da revista americana Lancet, que falava sobre pessoas que usavam muitos dispositivos portáteis e apresentavam dores na base do polegar. Em português, a definição ganhou novos contornos: Síndrome de WhatsAppinite, uma referência à tendinite.
Para uma avaliação de diagnóstico de tendinite, artrite ou mialgia, exames mais detalhados devem ser feitos. O ortopedista Mateus Saito enumerou algumas dicas para conviver melhor com a tecnologia:
1 – Fazer o uso consciente da tecnologia. Sempre que receber uma mensagem, verificar se precisa mesmo responder no momento ou se pode fazer uma ligação;
2 - Usar a ferramenta de dedução de texto, aquela em que surgem palavras completas apenas ao digitar algumas letras;
3 - Fazer pausas regulares no uso dos equipamentos eletrônicos;
4 - Em caso de dor, diminuir o uso do celular. Se persistirem os sintomas, procurar um médico especialista em mãos para fazer o diagnóstico adequado.
Para aqueles que já estão buscando ajuda, as dores são amenizadas com sessões de fisioterapia, uso de órteses para bloquear os sintomas ou terapia ocupacional.