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Relatório aponta impacto da pandemia na saúde mental de adolescentes

Estudantes chegam para o segundo dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro(UERJ).Relatório Situação Mundial da Infância 2021 - Na minha mente: promovendo, protegendo e cuidando da saúde mental das crianças, foi lançado nessa segunda-feira (04), pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O estudo apresenta uma prévia da pesquisa internacional com crianças e adultos em 21 países, mostrando que, em média, um em cada cinco adolescentes e jovens, sente-se deprimido ou tem pouco interesse em fazer as coisas. 

A pesquisa entrevistou aproximadamente 20 mil pessoas. Os resultados completos deverão ser divulgados em novembro. No Brasil, um dos países que participou do estudo, essa porcentagem é ainda maior, 22% dos adolescentes e jovens dizem que, sentem-se deprimidos ou sem interesse. Isso coloca o país em oitavo lugar no ranking. Camarões aparece em primeiro lugar, com uma porcentagem de 32%. Em último lugar, está o Japão, com 10%. 

“Interessante a gente valorizar as políticas públicas e as instituições que já vinham trabalhando nessa área no Brasil. O país fica em um patamar preocupante, mas não é o pior. Há países que não têm instituições fortalecidas nem políticas públicas com o histórico que tem o Brasil”, ressalta a oficial do Unicef no Brasil na área de Desenvolvimento de Adolescentes, Gabriela Mora. 

Pandemia

De acordo com o relatório, calcula-se que, globalmente, mais de um em cada sete meninos e meninas com idade entre 10 e 19 anos viva com algum transtorno mental diagnosticado. Quase 46 mil adolescentes morrem por suicídio a cada ano, uma das cinco principais causas de morte nessa faixa etária. 

O cenário já era preocupante antes da pandemia. Segundo os últimos dados disponíveis do Unicef, globalmente, pelo menos uma em cada sete crianças foi diretamente afetada por lockdowns, enquanto mais de 1,6 bilhão de crianças sofreram alguma perda relacionada à educação. 

Segundo o estudo, a ruptura com as rotinas, a educação, a recreação e a preocupação com a renda familiar e com a saúde estão deixando muitos jovens com medo, irritados e preocupados com seu futuro.

Via Agência Brasil.

 

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