Bolsonaro diz que aumento do Auxílio Brasil pode superar efeitos pandêmicos
27 de junho de 2022
O presidente Jair Bolsonaro (PL) citou o valor de R$ 600 para o Auxílio Brasil, mas não oficializou o aumento. "Vivemos momentos difíceis no mundo. Uma inflação, aumento de preços, que atinge o mundo todo. Como a imprensa está anunciando que o Auxílio Brasil vai passar de R$ 400 para R$ 600. Só aqui na Paraíba mais de R$ 1,5 milhão recebem o Auxílio Brasil", disse o presidente.
Segundo apuração da colunista do UOL Carla Araújo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, bateu o martelo quanto à ampliação do auxílio em R$ 200, para R$ 600 por mês. No governo, o cálculo é de que o reajuste do benefício teria um custo de R$ 22 bilhões para o Tesouro.
Os recursos, conforme uma fonte ouvida pela coluna, serão cobertos por dividendos extraordinários a serem recebidos pela União este ano, ou seja, dividendos pagos por estatais acima do que estava previsto no Orçamento. O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), disse que o governo quer elevar o valor do benefício até o final deste ano.
Bolsonaro falou que o aumento pode superar os efeitos da pandemia e também traçou comparação com o Bolsa Família. "E, diferentemente, do Bolsa Família... Lá atrás, com o Bolsa Família, quem fosse trabalhar perdia o benefício. Com o Auxílio Brasil pode trabalhar que não vai perder", afirmou.
A história, no entanto, não é bem assim: o benefício continua por dois anos, mas não indefinidamente. E também depende do salário que o trabalhador recebe. No caso do Auxílio Brasil, a regra de emancipação dá aos beneficiários a possibilidade de permanecerem no programa desde que a renda familiar mensal por pessoa não supere R$ 525.
Via Economia Uol.