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Anestesista esperou marido sair da sala para estuprar gestante

12 de julho de 2022

Polícia

A direção do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, informou que o anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante por estupro contra uma paciente, esperou o marido da vítima deixar o centro cirúrgico, onde estava sendo realizada a cesariana, para cometer o crime. 

A prisão foi feita pela delegada Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher de São João de Meriti, após funcionários da unidade de saúde filmarem o anestesista colocando o órgão genital na boca da paciente. O vídeo serviu de prova para a prisão em flagrante, onde foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão.

A direção do hospital informou que vai abrir uma sindicância interna para apurar as denúncias de estupro durante cesáreas realizadas na unidade. O Conselho de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) também foi notificado pela unidade de saúde. A defesa do anestesista alegou que ainda não obteve acesso na íntegra aos depoimentos.

Segundo nota divulgada pelo hospital, o médico não é servidor do estado. Giovanni tem título de especialista em anestesiologia, CRM regular e prestava serviço há seis meses como pessoa jurídica para os hospitais estaduais da Mãe, da Mulher e Getúlio Vargas. As unidades saúde estão em contato com a Polícia Civil para colaborar com as investigações.

As funcionárias vinham desconfiando do comportamento do anestesista e estranhavam, por exemplo, a quantidade de sedativo aplicado nas grávidas. As responsáveis pelo flagrante contaram que, no domingo (10), o médico já tinha participado de outras duas cirurgias em salas onde a gravação escondida era inviável. Na terceira operação, elas conseguiram trocar a sala, esconder o telefone e confirmar o flagrante.

A violência dura 10 minutos. Enquanto abusa da gestante, o anestesista tenta se movimentar pouco para que ninguém na sala perceba. Quando termina, pega um lenço de papel e limpa a vítima para esconder os vestígios do crime. A polícia agora vai tentar descobrir outras possíveis vítimas do anestesista.

Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, atuou em pelo menos 10 hospitais públicos e privados no Rio de Janeiro. O médico se formou em 2017 pelo Centro Universitário de Volta Redonda (UniFOA), no Sul Fluminense, e concluiu a especialização em anestesia no início de abril.

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) abriu um processo para expulsar Giovanni. Clovis Bersot Munhoz, presidente do Cremerj, disse que “as cenas são absurdas”. A Sociedade de Anestesiologia do Estado do Rio de Janeiro (SAERJ) também manifestou seu repúdio à conduta do médico.

Via G1RJ.