2022 deve encerrar com índices de extrema pobreza em queda no Brasil
15 de agosto de 2022
Uma pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que o Brasil deve encerrar 2022 com redução nos índices de extrema pobreza. A projeção é de queda para 4,1% ainda este ano. O Brasil tinha uma taxa de extrema pobreza de 5,1%, em 2019.
Para o resto do mundo, as previsões do Banco Mundial indicam que, até o final do ano, 115 milhões de pessoas a mais estarão vivendo com menos de US$ 1,90 ao dia, em decorrência da pandemia de covid-19.
Em entrevista na TV Brasil, o presidente do Ipea, Erik Figueiredo, afirmou que o mundo vinha reduzindo de uma forma continuada a pobreza extrema. "A partir de 2019, com o choque da pandemia, essa pobreza extrema começou a crescer, então o mundo empobreceu devido à covid. No Brasil, nós caminhamos na contramão desse processo", disse
."Nós temos uma recuperação muito rápida do mercado de trabalho. E nós temos, do outro lado, um programa social sendo ampliado com mais gasto social. Mas essas duas coisas caminham juntas, você não tem a superação da condição social, ajuda aos vulneráveis, sem que a economia cresça, sem que você gere emprego formal", explicou o presidente do Ipea.
Figueiredo também ressaltou que a importância da conexão entre a economia e a proteção social, com a coexistência entre o Auxílio Brasil e o crescimento do mercado de trabalho. "Antes, você não podia acumular o Auxílio Brasil e um emprego formal. Então isso era uma barreira para as pessoas. As pessoas optavam, dependendo das condições de trabalho, por permanecer no programa social e obter algum tipo de renda informalmente. Com essa porta de saída, você agora pode acumular o programa social e a carteira de trabalho assinada, você pode permanecer dois anos no programa. Isso facilitou que o mercado de trabalho, aquecido, possa demandar pessoas do mercado informal e do Auxílio Brasil. Então as pessoas estão ingressando no mercado de trabalho sem a preocupação de perder o benefício e sem a preocupação de, ao perder o emprego, ter que voltar para o final da fila".
Agência Brasil.