Aprendendo com a poesia
A poesia é a arte da comunicação das palavras. Não tem cor, raça, credo, classe social. É o conjunto das palavras na construção da vida e ela (a vida) é um espelho que reflete as palavras. Essa luz imaginaria acontece no nascimento de um poema, na construção silábica de uma estrofe, na sonoridade dos versos.
A poesia pode ser rimada ou não. E pode ser popular, lírica, romântica, modernista, rural, urbana, oral e livre. Em tudo tem poesia: nas artes plásticas, no cinema, na fotografia, no espetáculo teatral em todas as manifestações culturais desenvolvidas.
Segunda a história, a poesia é a forma de arte anterior a escrita. Os primeiros poemas são datados antes de Cristo.
A poesia pode, sim, ser aprendida nas escolas, logicamente, que tem pessoas que nascem com o dom de poetizar, dom da oratória, dom de expressar através das palavras, mas podemos mostrar técnicas que norteiam passo a passo a construção poética. Dentro da poesia existem os versos, as rimas, as estrofes, o conteúdo (oração) entre outras formas de se pensar e fazer poema.
Verso: Cada uma das linhas de um poema, o verso pode ser sonante, ou verso consoante se caracterizando por possuir certa linha melódica ou efeitos sonoros, além de apresentar unidade de sentido
Rima: Reiteração de sons iguais ou similares, em uma ou mais sílabas, geralmente acentuadas, que ocorrem em intervalos determinados e reconhecíveis.
Estrofe: É um conjunto de Versos. Podemos ser construído em quadros, sextilhas, decassílabos entre outras formas.
Oração: Conteúdo determinado na construção do tema poético trazido por cada pensamento. A oração não pode fugir no eixo determinado que a poesia exija.
É preciso levar a poesia para as praças e parques da cidade, é preciso abraçar os nossos poetas, é importante levar para as escolas, é preciso abrir esse debate sobre a importância da poesia, principalmente a poesia popular, a nossa raiz de tudo.
Termino o texto lembrando o poeta José Paulo Paes: Poesia é brincar com as palavras, como se brinca com bola, papagaio, pião, só que bola, papagaio, pião, de tanto brincar se gastam, as palavras não. Quanto mais se brinca com elas, mais novas ficam, assim como a água do rio que é água sempre nova, como cada dia que é sempre um novo dia. Vamos brincar de poesia?
