Promessa de enxugar governo ainda patina
Apesar da promessa do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, de demitir 20 mil comissionados no primeiro dia do mandato, o governo de Jair Bolsonaro só extinguiu 1.084 cargos. Os cortes incluem postos de assessoramento e funções comissionadas de servidores. Se forem incluídos os de escalão mais baixo, como gratificações técnicas, o corte vai para 1.192.
Os dados são os mais recentes disponíveis no Painel Estatístico Pessoal (PEP), do Ministério da Economia. Com dois meses de gestão, o enxugamento da máquina pública ainda não deslanchou.
Procurado, o Ministério da Economia diz que os dados oficiais do PEP “ainda não refletem, completamente, a reestruturação” porque só mostram as nomeações até a primeira quinzena de janeiro.
Na pasta, até o final de janeiro (dado não disponível até agora), contam ter cortado 641 comissionados e 2.355 funções gratificadas, o que resultaria em uma economia de R$ 43,6 milhões ao ano. Os dados ainda estão aquém da promessa. Sobre a meta de Onyx, a Economia diz que o governo ainda publicará um decreto com a medida. (Coluna do Estadão)