Ministro usa chocolates para explicar cortes na educação - mas erra conta
Em uma transmissão ao vivo ao lado do presidente Jair Bolsonaro, no Facebook, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou chocolates para explicar didaticamente o contingenciamento de 30% dos recursos destinados a universidades federais, anunciado na semana passada. Weintraub, no entanto, errou a conta ao fazer sua explanação e indicou que deveriam ser “segurados” – e não “cortados”, como diz – apenas 3,5% do montante reservado às instituições de ensino superior.
Ao ser chamado por Bolsonaro para explicar o contingenciamento, o ministro perguntou se o presidente gostava de chocolate e abriu quatro caixas de bombom que, disse, contêm 25 unidades cada. Com os 100 chocolates sobre a mesa, o ministro citou “uma universidade federal típica, normal, dessas que a gente vê por aí”, com “orçamento de 1 bilhão de reais por ano”, e afirmou que “está todo mundo apertando o cinto”.
“A gente tá pedindo, simplesmente, que três chocolatinhos e meio, desses cem chocolates… A gente não tá falando pra pessoa que a gente vai cortar, não tá cortado, deixa pra comer depois de setembro, é só isso que a gente tá pedindo, isso é segurar um pouco”, declarou. Para representar, de fato, os 30% contingenciados, o ministro deveria ter falado em 30 dos 100 chocolates, e não 3,5.
Aproveitando que Weintraub abriu e cortou um dos chocolates ao meio, Bolsonaro tomou da mão do ministro a outra metade e comeu.
Abraham Weintraub ainda ressaltou que servidores das universidades não estão sendo demitidos e têm recebido em dia, mas ponderou que na iniciativa privada isso dificilmente ocorreria. “A gente não tá mandando ninguém embora, todos os salários estão preservados, ninguém… se fosse numa empresa, uma padaria, é difícil, a gente às vezes tem que mandar gente embora numa situação dessas. Ninguém vai ser mandado embora, todo mundo tá recebendo em dia”, disse ele.
(Veja)