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Líder do governo Bolsonaro, FBC é alvo de operação da PF

fbcO senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) é alvo de Operação Desintegração da Polícia Federal que foi realizada na manhã desta quinta-feira (19) no Congresso. O pernambucano é líder do governo Bolsonaro no Senado. A PF também mira o deputado Fernando Coelho Filho (DEM-PE), filho do senador. 

52 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos pela PF, nove deles em Recife, incluindo os apartamentos de Fernando Bezerra e Fernando Filho em Boa Viagem, na Zona Sul. Além da capital pernambucana, outros mandados são cumpridos em escritórios políticos ligados à família em Petrolina, reduto político dos Coelho, e na cidade de Salgueiro, em escritórios de empresas que trabalharam na Transposição do Rio São Franscico. 

Fora de Pernambuco, mandados são cumpridos nos gabinetes de FBC no Senado, no gabinete de Fernando Filho na Câmara e nos estados de Alagoas, Bahia, Santa Catarina, Ceará, Paraíba e São Paulo. O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou as ações. 
O inquérito apura desvio de dinheiro público nas obras da Transposição do Rio São Francisco. A suspeita é de que dinheiro de contratos superfaturados ou fictícios de obras vinculadas ao Ministério da Integração Nacional tenha sido desviado para campanhas dos políticos. Os fatos investigados são do período em que Fernando Bezerra Coelho era ministro da Integração Nacional de Dilma Rousseff (PT). Na época, FBC era filiado ao PSB e era nome de confiança do ex-governador Eduardo Campos no governo petista. 

A apuração ainda tem ligação com a Operação Turbulência, deflagrada em 2016, que prendeu supostos donos do avião que caiu em 2014, em Santos (SP), com o ex-governador Eduardo Campos durante a campanha à Presidência.
A Polícia Federal confirmou que estão sendo cumpridos mandados de prisão em Pernambuco, mas não forneceu detalhes à imprensa. Segundo a PF, há uma “grande operação” em curso.
Fernando Bezerra Coelho assumiu a liderança do governo Bolsonaro em fevereiro na tentativa de aproximação do MDB, partido que possui a maior bancada no Senado. O senador era alvo de três inquéritos correspondentes a Operação Lava Jato e seus desdobramentos quando assumiu.  
Em dezembro de 2018, o Supremo Tribunal Federal rejeitou uma denúncia contra FBC na Lava Jato, a acusação era de pedido e recebimento de propina das construtoras Queiroz Galvão, OAS e Camargo Corrêa nos anos de 2010 e 2011 quando Bezerra Coelho era secretário estadual no governo de Eduardo Campos. 
 
(Diário de Pernambuco)