Rodrigo Janot diz que chegou a ir armado ao STF para matar Gilmar Mendes
Postado por Magno Martins
No dia 11 maio de 2017, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o chefe da operação Lava-Jato em Brasília, foi a uma sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) decidido a executar o ministro Gilmar Mendes. O plano dele era dar um tiro na cabeça do ministro e depois se matar.
A cerca de 2 metros de distância de Mendes, na sala reservada onde os ministros se reúnem antes de iniciar os julgamentos no plenário, Janot sacou uma pistola do coldre que estava escondido sob a beca e a engatilhou.
A reportagem com os relatos do ex-procurador foram publicadas pela revista VEJA e gerou fortes reações no mundo da política.
O caso é um dos temas mais mencionados nas redes sociais desde a noite da quinta-feira (26) — incluindo autoridades, que fizeram comentários de espanto sobre a história. Entre as opiniões, porém, houve também ao menos um gesto de “solidariedade” a Janot, exposto pela deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP). “Gilmar Mendes nunca teve escrúpulo”, justificou a parlamentar.
Janot foi Procurador-Geral da República entre 2013 e 2017. Na entrevista, o procurador — que lançará um livro na próxima semana — conta outros episódios em primeira mão, como uma promessa do ex-ministro Antonio Palocci de entregar cinco ministros do STF e a revelação de que Michel Temer (MDB) e Aécio Neves (PSDB) ofereceram cargos a ele para paralisar investigações.
Gleisi Hoffmann (PT-PR), deputada federal e presidente do PT
“Cada vez mais os fatos revelam o quanto as instituições estão reféns do jogo de poder, das disputas corporativas, interesses pessoais. Lula tem sido a grande vítima desse sistema #LulaLivre”
Zeca Dirceu (PT-PR), deputado federal e filho do ex-ministro José Dirceu
“Totalmente irresponsável as declarações do Ex PGR #Janot.
Anunciar que chegou perto de #assassinar um ministro do #STF, só fará com que mentes insanas espalhadas Brasil a fora, comecem a cogitar realmente atitudes desta natureza
Juristas, legalistas, democráticos devem reagir”