Eduardo Bolsonaro diz que, 'se esquerda radicalizar', resposta 'pode ser via um novo AI-5'
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, afirmou em uma entrevista que, se a esquerda “radicalizar” no Brasil, uma das respostas do governo poderá ser “via um novo AI-5”. Eduardo deu a declaração ao falar sobre os protesto de rua que estão acontecendo em outros países da américa latina. A entrevista do parlamentar, líder do PSL na Câmara dos Deputados, foi divulgada nesta quinta-feira (31) no canal do YouTube da jornalista Leda Nagle.
O Ato Institucional 5 (AI-5) foi baixado no dia 13 de dezembro de 1968, durante o governo de Costa e Silva, um dos cinco generais que governou o Brasil durante a ditadura militar (1964-1985). Ele é considerado um dos atos de maior poder repressivo tomados durante a ditadura, pois resultou na cassação mandatos políticos e suspensão de garantias constitucionais.
"Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual ao final dos anos 1960 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, quando se sequestravam, executavam-se grandes autoridades, cônsules, embaixadores, execução de policiais, de militares”, disse Eduardo.
Ele continuou: "Se a esquerda radicalizar a esse ponto, a gente vai precisar ter uma resposta. E uma resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via uma legislação aprovada através de um plebiscito como ocorreu na Itália, alguma resposta vai ter que ser dada, porque é uma guerra assimétrica, não é uma guerra onde você tá vendo seu oponente do outro lado e você tem que aniquilá-lo, como acontece nas guerras militares. É um inimigo interno, de difícil identificação aqui dentro do país. Espero que não chegue a esse ponto né? Vamos temos que ficar atentos".
Às 16h13, Eduardo Bolsonaro publicou em rede social um novo vídeo no qual afirmou: "Está tendo uma polêmica aí com relação ao AI-5. Vocês estão vendo aí tudo que está acontecendo com o Chile. O que a esquerda está chamando de protestos e querendo trazer para o Brasil, que na verdade a gente sabe que são vandalismos, depredações e chega a ser, sim, terrorismo. Porque eles querem fazer uma instabilidade política para tirar do poder um presidente que não é de esquerda".
O deputado continuou: "Isso tudo está perigando vir para o Brasil, então vale lembrar o que ocorreu no Brasil, no final dos anos 1960, início dos anos 1970".
(via G1)