All for Joomla All for Webmasters

logo

 8627307F 02DB 460A 9565 E09843110F79

D67F92E3 3841 441E 99F7 ABA2698D89D0

web banner coletivo cartão fidelidade 728x90px

cultura logo

Anistia Internacional avalia como 'grave' presença de Bolsonaro em ato a favor de intervenção militar

bosloA diretora-executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, avaliou como "grave" a participação do presidente Jair Bolsonaro em uma manifestação, neste domingo (19), que pedia a intervenção militar no país, o que contraria a Constituição Federal.

No ato, realizado em Brasília e na data em que é celebrado o Dia do Exército, Bolsonaro fez um discurso em frente ao Quartel-General do Exército. O presidente disse que nem ele nem seus apoiadores querem negociar nada e voltou a criticar o que chamou de "velha política".

Com faixas a favor de intervenção militar, manifestantes gritavam palavras de ordem pedindo o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF), além da volta do "AI-5".

O Ato Institucional número 5 (AI-5) vigorou durante dez anos (de 1968 a 1978), no período da ditadura militar, e foi usado para punir opositores ao regime e cassar parlamentares.

"A Anistia Internacional repudia qualquer manifestação pública que tenha como objetivo pedir a volta do regime militar, pedir a volta do AI-5, pedir a volta de um regime político que trouxe para o Brasil tanto sofrimento, trouxe tortura, trouxe desaparecimentos. [...] É grave que o presidente da República se junte a esse tipo de manifestação", disse a diretora-executiva do órgão.

Ela ressaltou que o presidente da República é "o guardião da Constituição e tem o dever de respeitar a Constituição Federal, de fazer cumprir suas obrigações em relação aos direitos humanos".

Dezenas de simpatizantes se aglomeraram para ouvir o discurso do presidente, indo na contramão das orientações de isolamento social da Organização Mundial da Saúde (OMS) para evitar a propagação do coronavírus.

Na avaliação da diretora-executiva da Anistia Internacional, é "muito grave que o presidente da República se desvie da sua função, desrespeite as recomendações da OMS e clame por um regime que só traz mais sofrimento".

Ela ponderou que o país e o mundo passam por "uma emergência de saúde pública, extremamente preocupante, onde vidas estão sendo perdidas, onde famílias estão sofrendo, onde o sistema de saúde está sendo desafiado a responder a essa situação com falta de recurso, com dificuldade de garantir tudo que a população precisa".

Segundo ela, "é hora de toda a nação" se juntar numa resposta a essa pandemia e não é hora "de violar a Constituição. "Não é hora de desrespeitar os princípios de solidariedade da sociedade brasileira. É hora de agir em favor da vida, em favor da saúde, em favor dos direitos humanos", afirmou.

(via G1)