Grupo hacker 'Anonymous' começa a vazar dados da família Bolsonaro e ministros
O grupo de hackers Anonymous Brasil expôs na noite desta segunda-feira dados pessoais do presidente Jair Bolsonaro e de seus filhos, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). A publicação das informações ocorreu no Twitter por meio de links para páginas com os documentos.
Foram compartilhados os CPFs de Bolsonaro e de seus filhos, além de telefones, endereços e dados sobre imóveis da família do presidente. Parte dos dados, como as declarações de bens imobiliários, já era pública e estava disponível na plataforma de divulgação da Justiça Eleitoral destinada a informações sobre patrimônios de candidatos. Os números de telefone, no entanto, eram dados privados. Outros alvos foram os ministros da Educação, Abraham Weintraub, e da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.
Poucos minutos após a publicação das informações, as postagens foram retiradas do ar.
"Apagamos os documentos com as informações pessoais do Carlos Bolsonaro e do Jair, todos conseguiram salvar? O twitter é automático, esse tira do ar esse tipo de arquivo, por isso retiramos. Vocês podem compartilhar o link pela DM. Quem tiver comenta, quem quiser também", afirmou o perfil.
Procurado para comentar a divulgação de dados, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou.
Até o momento, foram disponibilizadas informações pessoais de Jair Bolsonaro, Flavio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), Douglas Garcia (deputado estadual – PSC), Abraham Weintraub (ministro da Educação), Daniela Weintraub (esposa do ministro Abraham Weintraub), Damares Alves (ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) e Luciano Hang (cofundador da Havan).
Durante a noite do último domingo (31), por meio da conta oficial no Twitter, uma das principais células do 'Anonymous' resolveu se pronunciar em relação aos protestos ocorridos em algumas cidades do mundo, após o assassinato de George Floyd, um cidadão afro-americano de 46 anos. A justiça dos EUA disse que Floyd não morreu por asfixia, como se supunha. Mas a forma como foi violentado pelo policial contribuiu para sua morte, já que o homem tinha problemas de saúde.
(via O Globo)