Ativista bolsonarista Sara Winter é presa pela Polícia Federal em Brasília
A ativista Sara Winter foi presa pela Polícia Federal na manhã desta segunda-feira (15), em Brasília. A prisão dela foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O pedido de prisão foi feito no âmbito do inquérito que apura a realização de atos antidemocráticos, que está sob relatoria de Moraes.
A ativista é uma das líderes do acampamento “300 do Brasil”, que foi desmontado no sábado (13) por determinação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. O grupo bolsonarista protestava seguidas vezes contra os demais poderes em Brasília. Eles cobram que o presidente Jair Bolsonaro intervenha em defesa do grupo, alvo de investigações do Ministério Público por suspeita de porte de arma.
A informação de que Sara foi presa foi confirmada por meio do Instagram oficial do movimento “300 do Brasil”.
Sara foi um dos alvos da operação da Polícia Federal ocorrida no último dia 27 no âmbito do inquérito das fake news, também relatado por Alexandre de Moraes. Após a operação, a ativista divulgou nas redes sociais um vídeo com ofensas a Moraes e aos demais ministros da Corte. Ela chegou a desafiar Moraes a “trocar socos”.
No último sábado (13), cerca de 30 apoiadores do presidente Bolsonaro lançaram fogos de artifícios contra o prédio do STF.
Já no fim da tarde deste domingo (14), o ex-servidor do governo federal Renan Sena foi preso por calúnia e injúria após divulgar vídeo com ofensas contra autoridades dos Três Poderes e contra o governador Ibaneis Rocha (MDB). Ele foi solto após assinar termo de comparecimento em juízo.
A ação durou ao menos cinco minutos. Os apoiadores do presidente ofenderam com xingamentos pesados os ministros da Corte, inclusive o presidente Dias Toffoli. Em tom de ameaça, perguntavam se os ministros tinham entendido o recado e mandaram que eles se preparassem.
O grupo também ofendeu o governador Ibaneis, que os desalojou de um acampamento na Esplanada dos Ministérios. Esse grupo de apoiadores do presidente Bolsonaro prega o fechamento do STF e do Congresso.
Em 30 de maio, Sara Winter liderou uma manifestação com referências a grupos neonazistas e de supremacistas brancos americanos, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Os manifestantes marcharam, à noite, vestidos de preto, com máscaras e empunhando tochas de fogo, gritando palavras de ordem contra o ministro Alexandre Moraes, seguindo até a Praça dos Três Poderes, em frente ao Supremo Tribunal Federal.
(via ISTOÉ)