Novo ministro da Saúde descarta lockdown como medida contra a Covid-19
Nesta segunda-feira (15), foi anunciado como novo ministro da Saúde o cardiologista Marcelo Queiroga. Este é o quarto ministro do governo Bolsonaro. Em entrevista à CNN Brasil, ele afirmou que lockdowns são utilizados em situações extremas, mas que não podem ser "política de governo".
O cardiologista afirmou ainda que, embora não haja um tratamento contra a Covid-19, os "médicos têm autonomia para prescrever". Queiroga ocupa o lugar de Eduardo Pazuello, que sai da pasta em meio a inquérito para apurar se houve omissão do ministro quanto à crise sanitária de Manaus.
Em entrevista à Folha de São Paulo, no domingo (14), o novo ministro afirmou que a cloroquina não seria parte de sua estratégia de enfrentamento da pandemia, caso fosse ministro. A droga faz parte do que o governo Bolsonaro diz constituir tratamento precoce contra a Covid – algo que, segundo cientistas, não existe.
“A própria Sociedade Brasileira de Cardiologia não recomendou o uso dela nos pacientes, e nem eu sou favorável porque não há consenso na comunidade científica”, disse Queiroga.
Sobre lockdowns Queiroga afirmou: “esse termo decorre de situações extremas. Não pode ser política de governo fazer lockdown. Tem outros aspectos da economia para serem olhados”. O novo ministro avaliou ainda que, "quanto mais eficiente forem as políticas sanitárias, mais rápido vai haver uma retomada da economia".
Por fim, ele também falou sobre vacinas e sobre pedidos do presidente quanto a questão: "O presidente quer que questões operacionais sejam colocadas de maneira clara, de tal sorte que o conceito de que o Brasil sabe vacinar se repita, e a gente consiga vacinar a população, que é a maneira mais eficiente de prevenir a doença”.
(via Folha de SP)